Rocha eterna
Ora, irmãos,
não quero que ignoreis que nossos pais [...] beberam da mesma fonte espiritual;
porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia. E a pedra era Cristo.
1Co 10.1–4
No Antigo
Testamento muitas vezes a figura da “rocha” estava ligada a salvação. Moisés,
ao falar da rebeldia de Israel, diz que o povo “abandonou a Deus, que o fez,
desprezou a Rocha da sua Salvação” (Dt 32.15). Davi, no
Salmo 62, demostra sua confiança no Senhor dizendo “só ele é a minha rocha,
e a minha salvação, e o meu alto refúgio; não serei muito abalado” (v. 2) e
“só ele é a minha rocha, e a minha salvação, e o meu alto refúgio; não
serei jamais abalado” (v.6). Por esse motivo encontramos no salmo 95 o
convite: “Vinde, cantemos ao Senhor,
com júbilo, celebremos o Rochedo da nossa salvação”.
Paulo, escrevendo
aos coríntios, explica que assim como a igreja no Antigo Testamento dependeram
da Rocha Eterna, a Igreja do Novo Testamento também depende. E, ao mesmo tempo,
Paulo identifica esta rocha como sendo o próprio Cristo. É interessante
pensarmos nesta figura que a Bíblia apresenta, porque ela fala de segurança e
certeza. A salvação que temos em Cristo não é abalada pelas circunstâncias,
pelo contrário, ela é firme como a rocha.
Por vezes, por
causa de nossa natureza pecaminosa agimos em desobediência ao Senhor. São
nessas situações em que somos levados a pensar que podemos “perder” nossa
salvação. No entanto, o que a Bíblia nos ensina é que devemos confiar na salvação
pela graça de Deus e não pelas obras que praticamos. É claro que isso não nos
dá liberdade para continuar na prática do pecado. Mas, nos dá certeza e alegria
para continuar a viver por Cristo.
Rev. Augustus
Montague Toplady foi um ministro Anglicano no século 18. Durante uma
tempestade, enquanto viajava, ele teve que se abrigar numa caverna, ou seja,
numa grande rocha. A proteção que aquela grande rocha deu à ele fez com que
meditasse no fato de que, em Cristo, sua salvação estava segura. Não por usas
obras, mas pela obra de Cristo. Após esta viagem ele escreveu um poema e
publicou num artigo em que combatia a teologia arminiana que estava crescendo.
Este poema é o hino 136 “Rocha eterna”. A salvação em Cristo é sólida como a
rocha e é um privilégio se refugiar nele. Afinal, só em Cristo recebemos “as
bênçãos do perdão: gozo, paz e salvação”.
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