Ordenança da criação: Trabalho
A terceira ordenança da criação, que fornecerá
um retomo de plenitude de vida quando observado, é a ordem de sujeitar a
terra (Gn 1.28). Embora declarado numa simples e pequena frase, esse
mandamento possui implicações cósmicas. Subordinar o poder do átomo,
bem como conhecer o potencial do espaço cósmico, recebe a sua justificação
a partir dessa primeira diretiva do alto.
O trabalho manual deriva sua dignidade desse mandamento de sujeitar
a terra. Imagine Uzias, um dos maiores reis de Israel, trabalhando no campo
com uma enxada, moendo torrões de esterco entre suas mãos - e desfrutando
de cada minuto disso! Ele amava o solo (2Cr 26.10).
Ao contrário do ideal moderno de fugir do trabalho, a Bíblia presume
que o trabalho será realizado com constância bem-definida. O princípio do
sábado toma por certo que os seis dias de trabalho serão associados com um
dia de descanso. Não necessariamente na fábrica ou no escritório, mas de
um modo ou de outro os homens e mulheres deveriam incumbir-se da tarefa
que está diante deles com uma ordem padronizada. Seja programando um
computador, ornamentando o gramado ou lixando as manchas de ferrugem
do seu carro antigo, o trabalho deve ser feito com reverência e regularidade.
O Novo Testamento deixa totalmente claro que o trabalho não é opcional.
Mesmo no contexto da nova aliança da graça, o bom trabalho diligente
permanece essencial.
Pois vós mesmos estais cientes do modo por que vos convém imitar-nos,
visto que nunca nos portamos desordenadamente entre vós,
' nem jamais comemos pão à custa de outrem; pelo contrário, em .
labor e fadiga, de noite e de dia, trabalhamos, a fim de não sermos
pesados a nenhum de vós; não porque não tivéssemos esse direito,
mas por termos em vista oferecer-vos exemplo em nós mesmos,
para nos imitardes. Porque, quando ainda convosco, vos ordenamos
isto: se alguém não quer trabalhar, também não coma.
(2Ts 3.7-10).
Essas ordenanças criacionais do sábado, do casamento e do trabalho
contêm a fórmula divina para os relacionamentos corretos no mundo de
Deus. Violar qualquer um desses princípios é insultar a realidade. O fato de
que os homens e mulheres modernos questionam tão fluentemente cada um
desses princípios indica precisamente quanto eles têm se desviado para o
estado abismai da realidade sem sentido.
***
Autor: O. Palmer Robertson
Fonte: Alianças, Palmer;
traduzido por Paulo Corrêa Arantes. _ São Paulo:
Cultura Cristã, 2010, pp. 18-19
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